terça-feira, 9 de abril de 2013

4 de Abril de 2013 - Último dia de aula

     Ainda não caiu a ficha... Último dia de aula, e não teremos férias, vai ser realmente o ultimo dia de aula, não vai ter mais, não vou pra lá na segunda, não vou incomodar o Iago sem comprar nada, não entrarei na biblioteca só pra dar oi, não tocarei mais a campainha da secretária, não incomodarei mais as secretárias, não farei mais loucuras na frente do Hospital, não dançarei mais "abre a rodinha, vamos enlarguecer", enfim...
     O último dia de aula chegou, temia esse dia, confesso, fico sem rumo, desconexo, desorientado alopsiquicamente e quase psicotizando, mas sou puxado para o real com alguns solavancos. O que nos resta agora são três meses de estágio, tudo o que nós queríamos, não?! Pois é, mas não posso continuar com as aulas também?!! To falando sério, não quero sair de lá. Em menos de dois anos, a Escola se tornou a minha vida, parte da minha vida e junto todos aqueles que estão lá. Entrei contra a minha vontade e hoje saio contra a minha vontade, apesar de feliz por estar acabando, meu COREN quase nas mãos, enfim, tudo acaba.
     Lembro-me do primeiro dia de aula, eu, perdido, sem conhecer ninguém, mas fascinado. 17 anos, assustado, mas fascinado, radiante. Bem Vindos a Enfermagem. Foi a primeira frase que ouvi lá no Anfiteatro, e de quem? Da minha mãe é claro, Sorinha Dani. Pessoas novas, mundos novos, pessoas diferentes com mundos diferentes e eu ali, perdido e ainda assustado, mas ainda fascinado. E me fascino até hoje.
     Hoje, 19 anos, menos assustado, menos perdido, com novos mundos, novas histórias, novas pessoas, mas a mesma fascinação e um novo amor. Para aquele que tinha como slogan "Eu odeio a Enfermagem", hoje trago-a com amor, trato-a como amor, se tornou a mais forte paixão, o maior amor, tornou-se a minha vida essa danada. Hoje, o slogan mudou, "eu amo a Enfermagem", mas isso não é segredo né?!
    Mais que um simples curso técnico, tive lá dentro um crescimento, psicológico, emocional, aprende muito, aprendi mais do que a técnica, mais do que a humanização, aprendi a ser gente, ou a começar a aprender, tenho muito ainda, muito, mas tempo não me sobre para aprender e presa, essa não tenho, as coisas acontecem devagar e aceito esse ritmo.
     E nesse ritmo vou levando, conhecendo, vivendo, errando, aprendendo, começando e terminando. Mas vivendo e sempre, sempre aprendendo. Isso é o que importa.

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