quinta-feira, 7 de março de 2013

6 de Março de 2013 - Volta as aulas

     Buenas personas, o ano em fim começou, mesmo sem ter terminado, mas começou. O ano letivo se inicia, começo ansioso, um mês de aula, meu pé quebrado, o estágio se aproximando, mas se tudo der certo, tudo dará certo. Coisa bem boa é o retorno as aulas, diferentes dos tempos de colégio, mas com a mesmo magia. Até pensei em escrever duas vezes, mas resolvi colocar tudo no mesmo texto, até porque o título vai me render mais clicadas, heheheh.
     Acordo com a seguinte e triste noticia. Morre Alexandre Magno, o Chorão... pegou todos nós de surpresa, ninguém esperava. A música brasileira perde mais uma vez... O que a morte de um cantor tem a ver com o blog? Tem a ver com o texto e a queridinha aula de hoje... Morte e o morrer. Confesso que o tema não me chama nem um pouco a atenção, mesmo, não curto o assunto, mas faz parte. E com o assunto, tive mais uma vez a percepção de quão importante é a minha, a nossa profissão.
     O assunto da aula? Cuidados paliativos. Sim, sempre rende muito assunto. Ai os damos conta da nossa importância, "seguramos a mão da mãe na hora do parto, e seguraremos a mão de nossos pacientes na hora da morte", e assim deve ser, estar com quem precisa de nós do início ao fim, e fazer do fim, um fim digno, não custa nada, é o nosso dever. Nosso dever confortar aquele que ouve que não terá mais que quatro meses de vida, respeitar o desejo de ficar sozinho, de ver a neta, da família que quer colar fotos ou pendurar origamis no quarto do familiar. Respeitar as crenças, orar, rezar junto se assim for preciso, independente do que tu pensa, ficar duas horas segurando a mão da tua paciente porque ela precisa de ti ali, isso é ter um cuidado digno, prestar um cuidado digno, um cuidado onde nós não medimos esforços, afinal, ninguém ta aqui só por estar, estamos aqui porque gostamos, porque queremos dar uma atenção digna aquele que dela precisa. Se não pensa assim, sai antes que seja tarde.
     A aula era de paciente crítico, paciente que eu particularmente gosto muito, mas vou ter que aprender a conviver com a morte, é fato. Não tenho um contato próximo com ela, admito, nunca tive contato com a morte, nunca perdi ninguém relativamente próximo, então, complica... E em unidades com pacientes críticos funciona assim, em uma mão, nós, os "Anjos de Lamparina", confortando, cuidando daquela vida, na outra mão, a morte, bem de pertinho observando, esperando o momento certo em que aquela vida largará a nossa mão e irá. Mas pensei, nem sempre isso vai ser uma coisa ruim, as vezes, é o descanso.
     "Não tenho medo de morrer, tenho medo da morte."

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