E o reconhecimento?

     As vezes me pergunto até quando vale nos sacrificarmos por algo. Até que ponto vale a pena dedicar a vida por algo e não ter o minimo de reconhecimento. Até pensei em escrever no outro blog, mas acho que aqui também se adéqua. Estudar, estudar, estudar... Trabalhar, trabalhar, trabalhar... Esse é o lema. E o reconhecimento? As vezes (na maioria das vezes) fica de lado, e todo aquele sentido que aprendemos sobre a profissão, some. Sei que não acontece somente na Enfermagem, qualquer profissão ou emprego tem seus momentos de desvalorização, geralmente quando te mandam pra rua. Anos e anos dedicado à uma instituição, e de repente, a enfermeira é mais intima da chefe que tu, e está tudo acabado, e o emprego dos sonhos ou o lugar que tanto admira e te dedica, vira um lugar de sentimentos, tristeza, saudade... Certo que o reconhecimento por tudo que tu fez, para aqueles que estão acima de nós, é zero, e isso não é segredo, dai pensas que poderia ter feito mais, ou menos se for o caso.

     Mas agora escrevendo, penso por alguns instantes, foda-se essa merda de reconhecimento, o que importa é fazer o meu papel, servir as pessoas, sem nada em troca e as vezes realmente penso assim, mas acho que ter reconhecimento pelo que fizemos, nem que seja à longo prazo, é importante, é impulsionador para qualquer profissional em qualquer profissão.
     Mas em fim, o reconhecimento surge, e como disse, às vezes a longo prazo mesmo e de vez em quando, fora do ambiente esperado, fora do público esperado e isso é surpreendedor, é mágico, é genial.
     No final, tudo vale a pena, nada é em vão... Não importa como, mas nada é em vão.